sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Coluna WanDerLey deste sábado, 22


   Miguel, o Senhor das alturas

     Em 2008, lancei um livro contando a história do teresopolitano Miguel Inácio Jorge. Está nas bancas, é o "Miguel, o Senhor da Torre", e vale ser lido pela quantidade de aventuras em que esse homem se meteu: pintou um letreiro de 400m2 na pedra do Elefante, instalou o relógio na torre da matriz de Santa Teresa, criou um zoológico na rua Francisco Sá e, entre ainda outras coisas, conquistou a Verruga do Frade, feito que o colocou entre os mais cultuados montanhistas do país.
     A coluna WanDerLey deste sábado, 22 de dezembro, conta exatamente essa última aventura do Miguel. Mostra como foi preparada a invasão do cume, intocado até 1935, e traz imagens curiosas dessa época, como a forma que os lagartixas de antigamente carregavam água na montanha: em câmaras de ar de motocicleta.
     "Miguel, o Senhor da Torre" está à venda nas livrarias de Teresópolis. Na Papelaria Globo também tem. Quanto à coluna WanDerLey, é regular da página 4 do DIÁRIO DE TERESÓPOLIS, que vai às bancas às terças, quartas, quintas, sextas-feiras e sábados.
Desinteressante, apesar de polêmica, a última reunião dos
"piores vereadores da história" chega a ser patética


  "Moralização" na Câmara
     Vereadores de Magé reuniram-se na última semana e mudaram o regimento interno da Câmara, reduzindo o poder do presidente a partir do ano que vem. A medida visa facilitar o relacionamento do Executivo com o Legislativo, dificultado pelo excesso de poder dos detentores da mesa diretora.
     Em Teresópolis, a última reunião dos vereadores foi também polêmica. Vendo-se impossibilitados de conquistarem a presidência do Legislativo, e apoiados pelos que não se reelegeram, os vereadores que voltam em janeiro apeados da mesa diretora reuniram-se com o mesmo fim e fizeram mudanças drásticas na estrutura administrativa da Casa, extinguindo cargos e criando teto para salários.
     Cerca de 120 cargos onde os vereadores penduravam seus amigos e parentes foram extintos e os salários de até R$ 26 mil não serão mais permitidos. Foi estabelecido o teto salarial de R$ 9 mil e destinados aos gabinetes os recursos que seriam gastos com os cargos vagos, liberando os novos vereadores para fazerem o uso do recurso conforme bem entenderem.
     Falando assim, parece até que os vereadores se converteram. Mesmo na bacia das almas, essa nobre conversão seria bem vinda. Mas, não é certamente a nobreza que sustenta essas decisões inesperadas. Os atuais e futuros ex-vereadores se aproveitaram das mordomias ao longo de quatro anos, se macomunaram com o Executivo só cassando o ex-prefeito Jorge Mario depois de sugarem dele a última gota de sangue, e investiram-se no cargo para se aproveitar dos recursos públicos, pouco importando com o interesse público e com as suas responsabilidades de legisladores.
     Na extrema unção de sua atual composição, o Legislativo fez, na manhã desta sexta-feira, na sessão do "bota-fora", o que deveria ter feito em primeiro de janeiro de 2009. Decisões tão necessárias surgidas assim, ao apagar das luzes, perdem toda a dignidade e mais parecem uma oportuna vingança com os pares com quem conviverão dentro de pouco mais de uma semana.
     Pelo menos, a vingança desta vez não foi contra a população.